Como o uso excessivo do celular afeta a saúde
Hérnias de disco, tendinite e síndrome do túnel do carpo são algumas das possíveis complicações
Doenças causadas pelo uso de aparelhos eletrônicos não é algo que cause surpresa na comunidade médica. Foi assim com o rádio e a televisão no passado e com os microcomputadores nas décadas de 80 e 90, por exemplo.
O vilão da vez é o celular: são bilhões de aparelhos utilizados diariamente nos últimos 10 anos. Já é possível enumerar uma série de condições patológicas as quais podemos atribuir quase que exclusivamente ao excesso do uso da tecnologia.
Do ponto de vista puramente ortopédico, é possível antever uma série de problemas, que vão desde hérnias de disco causadas por má postura, até as não menos graves tendinites nos punhos, mãos e compressões de nervos periféricos.
A tendinite é fácil de entender. Muito esforço ou tempo prolongado de uso do smartphone, postura ruim, cifótica, cabeça e tronco fletidos podem estar associados à alterações dos plexos e vias do sistema nervoso autônomo (aquele que age de forma independente da vontade do indivíduo e governa funções vitais como batimento cardíaco, tônus vascular, suor, funções viscerais, secreção de alguns hormônios, vontade de urinar, evacuar etc.)
O esforço repetitivo gerado pelo uso excessivo do celular expõe células e tecidos, que normalmente estariam "escondidos" da ação do sistema imunológico, promovendo inflamação. Isso acontece ou por um defeito/imaturidade do sistema imune, que acaba por produzir anticorpos contra o próprio organismo no caso das doenças autoimunes, ou por lesão mecânica das delicadas estruturas neurotendíneas.
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